Mar 30, 2007

Dúvida...

Será que todos somos competentes até ao dia em que nos tornamos incompetentes?

Há dias no trabalho em que tenho sérias dúvidas se sou extremamente competente ou assustadoramente incompetente. Às vezes, tenho a sensação muito forte que a linha entre a competência e a incompetência é ténue. Senão, vejamos: ter 15 assuntos em mãos ao mesmo tempo, estar stressadissima o dia todo a correr de um lado para o outro de reunião em reunião, atender 20 chamadas, começar 2 fax, uma carta e fazer um draft de resposta a 3 emails, ganhar mais tempo para os assuntos forado prazo, não fechar nada do que se começou durante o dia e chegar às 20h30 com a secretária pior do que a encontramos de manhã é sinal de quê? competente com excesso de trabalho ou incompetente?

Como não sei a resposta, vou seguir uma terceira via: vou começar a praticar a arte de parecer competente!

Mar 27, 2007

Bater no fundo é...

...quando temos de gastar um dia de férias para conseguir apanhar as lojas abertas!

Mas que raio de horário é este praticado em Portugal em que as lojas estão abertas das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00? Como é que alguém consegue trabalhar e também tratar de assuntos materiais e importantes extra-profissionais? Como é que lhes aparecem as loiças de casa de banho em casa? E uma cozinha? Como é que, nas minhas 739 voltas de hoje, encontrei os sítios todos cheios de malta durante o horário de trabalho?

Parece que ou há mais malucos como eu a gastar dias de férias para isto ou então que há uma catrefada de pessoas que não trabalham ou têm um regime muito liberal - e que eu invejo loucamente...

P.S. Mas já que foi gasto o dia de férias e como sou uma pessoa muito prática, além das coisas essenciais como móveis de cozinha, aproveitei o embalo e também comprei um cadeirão, uma cadeira, dois sofás, uma secretária, uma blusa (oppss, este ultimo item não era suposto). E já só devo precisar de mais dois diazitos de férias para acabar a casa!

Mar 22, 2007

Simpatia do Norte

Como alfacinha da gema tenho de reconhecer que as pessoas do Norte são muito mais prestáveis e simpáticas que os lisboetas. Na minha odisséia com a casa nova, andava à procura de um colchão. Após algumas idas a molaflex e companhia, 0% desconto, pouca simpatia, pouca ajuda, cheguei à conclusão que de maneira nenhuma iria arranjar um colchão bom por menos de 600 aéreos. Depois lembrei-me que a minha actual cama e respectivo colchão vieram de uma fábrica do Norte, colchão muito bom e de marca nunca ouvida por estas bandas dos mouros. Resolvi telefonar para a loja de móveis que me vendeu a cama a perguntar onde se vendem os colchões daquela marca. Disseram-me logo que eles próprios tratavam de inquirir e me vender o colchão e, umas horas depois, ligaram-me a dizer que por 350 neurós tinha o colchão e ainda me ofereciam o transporte até Lisboa, porque trazem-me o colchão quando cá vierem trazer uns móveis para outros clientes.

Lisboetas, aprendam! A simpatia conquista - eu cá cada vez gosto mais da pronúncia do Norte!

Mar 19, 2007

Descobri uma nova vocação!

Já desconfiava há algum tempo, mas hoje confirmei. Quando a carreira na advocacia falhar, vou montar uma agência de detectives. Descobri hoje que não há nada que, com uma boa rede de contactos, ao fim de três telefonemas e uma pesquisa criativa na internet, não se descubra! Já tenho um nome para a agência e tudo: "Desconfiadas como Tudo, Lda.". Vai ser um sucesso de certeza o novo serviço informativo de Lisboa e arredores. Aceitam-se inscrições dos primeiros clientes...

Mar 16, 2007

Thesis...

A maneira ideal de fazer um trabalho de investigação válido e profundo. Quem nunca inventou, que atire a primeira pedra...

Mar 15, 2007

A luta

Como esta taça de mousse de maracujá que acabei de fazer ou ataco antes uma frutinha? Pois é, a decisão é dificil, a mousse está mesmo ali a olhar para mim... Se fosse entre a mousse e, sei lá, uns moranguitos ou outra fruta apetecivel, talvez pende-se para o lado certo. Mas uma maçãs velhinhas que espreitam do cesto não satisfazem a minha gula. Após alguma hesitação, convidei alguém para jantar e dividiu-se grande parte da mousse. E da entrada. E do prato principal. Sempre ouvi dizer que no meio é que está a virtude!

P.S. Tenho as minhas dúvidas se comer uma mousse inteira é pior do que comer tudo aquilo que eu jantei!

Mar 12, 2007

Uma ideia brilhante

Às vezes tenho ideias brilhantes ao fim-de-semana. Este fim-de-semana tive uma delas. Acordei no Sábado de manhã - está bem, eram duas da tarde, mas para mim é manhã a essa hora do fim-de-semana - e quando abri a janela do covil vi um sol radioso e senti o calorzinho do dia. Originalmente, tive a ideia que era um bom dia para ir almoçar a uma das praias da Costa, agora que ainda estamos no princípio de Março. Convenci mais duas amigas a embarcar neste almoço tranquilo e agradável ao pé do mar e lá fomos nós. Só que, claro está, a minha ideia foi tudo menos original. Fomos nós e metade de Lisboa e arredores...um inferno.

Fase um: uma luta por uma mesa no Borda d'água. Fase dois: numa esplanada a abarrotar, ignorar as crianças aos gritos na excitação de estarem na praia e os adultos aos gritos com as crianças (anda cá Rafael ou levas uma lambada!) ou simplesmente aos gritos porque também se excitam como as crianças ao verem um raiozinho de sol. Fase três: capacidade de abstracção da fauna local e dos homens babados com a pequena brasileira que se passeia em plena esplanada de biquini fio dental branco, não sem primeiro dizer à amiga do lado "como é que aquela p*** tem aquele corpo NESTA altura do ano? Deve ser uma profissional...". Fase quatro: almoço. Depois de subornarmos a empregada, o serviço foi bom e rápido, pelo que o almoço em si foi agradável. Fase cinco: regresso a Lisboa. Sentimo-nos de novo num filme de terror: a via rápida da Costa estava totalmente parada. Felizmente muitos anos a ir à praia para aquelas bandas valeram o conhecimento de uns caminhos muito alternativos que evitaram chegarmos a casa 3 horas depois da hora de saída da praia. Fase seis: promessas. Enquanto me lembrar do pandemónio que foi não volto a lá por os pés ao fim-de-semana.

Tirei uma nota mental: a Costa à hora do almoço é bom para aquele dia da semana em que eu tiver finalmente coragem de inventar uma tanga no trabalho e ir apanhar ar para aquelas bandas!